Turistas

Bem-aventurados aqueles que seguiram o conselho do e-mail corrente sobre boicote e não foram ao cinema assistir a este filme. Nem tanto pela depredação da imagem de nosso país, como afirmava o e-mail, e, sim, pela pobreza da narrativa e da produção da película.

Não acredito que o velho discurso imperialista aliado a um enredo de violência possível consiga realmente afastar os vistitantes ou mudar a iamgem que o estrangeiros já têm de nós, seja lá qual for ela. Filme é filme. É lúdico. É Ficção. E turista que é turista, simples viajante ou explorador, quer mesmo é conhecer o país, o povo, a cultura e ainda, se der, ir a um local que viu em recotes de TV ou até no cinema. Atentados geralmente não fazem parte do roteiro de viagem de ninguém.

Em Turistas, as paisagens brasileiras são mostradas de forma muito confusa: praia, floresta, chapada, grutas - tudo misturado! Não se pode sequer precisar exatamente em que ponto do país se esconde a quadrilha do Dr. Rouba Órgãos.

Mas o filme não é todo ruim. O prólogo (cenas iniciais), apesar de estereotipante, mostra-se bem interessante, apresentando imagens e sons pulsantes do que é o Brasil para os americanos: Carnaval, Samba, Real e Bundas, claro! A trilha sonora, aliás, começa bem, com Marcelo D2 à procura da batida perfeita. O final, no entanto, é frustrante. Mais decadente que um desfecho previsível é perceber o descuido com os detalhes: Turistas massacrados, embarcando em um teco-teco rumo ao lar, ao som de "avião sem asa, fogueira sem brasa (...) Fico assim sem você..."

Patético!

E se você ainda quiser assistir a esta obra do trash fílmico, faça como eu: Não vá aos cinemas, compre um piratão!

:p