Desculpe-me!

Te magoei. Eu sei. Desculpe-me, mas esta é a sua vez.
Também já fui magoada assim, não faz muito tempo. Aquela foi a minha vez.
Doeu, ainda dói um pouquinho, aqui no fundo. Mas isso passa, eu prometo!

Sabe, algumas coisas são mesmo difíceis de explicar, mais ainda de entender.
Eu e Você.
Não faz diferença?!? Faz sim, pode acreditar!
Você está convicto: maturidade não se mede em tempo de vida, e sim através das experiências de cada um.
Não me convence.
A covardia é minha, claro!
A audácia é toda sua, admito!

Admiro você. E admiro mais ainda tudo o que você diz e faz para me convencer, me ganhar, vir me ver. Sem receio de parecer um rídiculo insistente.
Há muito não me deparava com alguém assim. Pudera, o mundo adulto possui regras que você não conhece.

Intimidade. Passionalidade. Dependência. Insegurança. Envolvimento.
Todos elementos que levam à fragilidade, e adultos não querem ser frágeis. Adultos devem ser fortes, decididos, racionais, parciais e livres. Livres principalmente das amarras que mais nos comprometem: as do amor.

Você não será este texto, eu acho!
Nem precisa, você já sabe o que eu penso!
Sinceramente?!?
Desculpe-me.
Desculpe minha covardia.