quinta-feira, janeiro 18, 2007

O tempo não perdoa...

... E não adianta reclamar, ele passa sem um pingo de piedade de nós.
Ainda ontem eu contabilizava doces 20 aninhos. Hoje tenho 25 e, inevitavelmente, logo chegarei à temida casa dos 30 (rsrsrsrsrsrs...Assim espero!!!).

Muitos amigos meus já desembarcaram neste ponto e tentam me convencer - isto depois de convencer a si próprios - de que nada muda realmente, de que eles são exatamente os mesmo de antes, de que não são pés-de-galinha e, sim, marcas de expressão o que brotam aqui e acolá.

Aaahh, não tentem me enganar... Muita coisa pra melhor, outras pra pior, umas permanecem iguais. Mas não vamos desprezar as mudanças!

Quanto a mim, confesso que ainda me vejo como há 5 anos atrás: o mesmo sono inabalável, atração fatal por sorvete e paixão por animais. Sigo amando curtir com meus amigos, embora agora as baladas sejam outras e a maioria da galera esteja casada - tudo bem, ganhei uns miguxos de brinde! Permaneço rindo à toa, amando ganhar e fazer carinho, beijinho no pescoço e cheirinho de quem acabou de sair do banho. Continuo sem saber dirigir muito bem e sem vergonha de assumir isso (afinal seria em vão, pois aí vêm os porteiros do prédio e destrõem minhas ilusões na frente de qualquer pessoa que estiver por perto...Aff...). Meu coração aventureiro, eu sei, é o mesmo de sempre, só um pouquinho mais calejado e maduro. C'est la vie!

E, embora o espelho insista em me mostra praticamente a mesma garota - salvo umas marquinhas e uns quilinhos indecisos - algumas coisas tenho certeza que já mudaram, em definitivo.

Sim, a juventude de quem é feliz nunca morre(oba!), mas a inocência e a espontaneidade não são as de antes. Talvez elas agora prefiram se esconder sob a formalidade de meus cabelos escovados (sério, disse adeus aos cachinhos) e se esquivem na firmeza de um olhar mais adulto. As palavras, hoje mensuradas, me protegem, impedindo que eu me mostre mais do que as convenções permitem. A intimidade assusta quem chega à adultecência, sabia? Não sou mais tão imprevisível, tão impetuosa e tão brigona. Aprendi a esperar, a ponderar, a respirar e a contar até 1000 se for preciso antes de explodir. E, para a felicidade geral do meu pai, não vejo mais o telefone como uma parte de mim mesma.

Foi assim que percebi que a vida e o tempo têm me moldado como um rio ao seu leito: cravando-me marcas indissolúveis, aprofundando as transformações cada dia mais, mas sem mudar a essência do meu eu.

Bom, e como as coisas vão indo bem, na minha opinião, acho que chegarei aos 70 anos como uma risonha velhinha, apaixonada por sorvete, louca por animais e incapaz de estacionar sozinha nas garagens do Sunset Boulevard.

:p

Um comentário:

Anônimo disse...

Amiga, acho q vc deveria lançar um livro: "Contos de Ticiane Drummond"!
Mesmo que fosse um único exemplar... só pra mim, pra u poder fazer dele o livrinho mais agradável pra elr depois de uma dia cansativo (como andam sendo os meus ultimamente!!!)...
Amo isso aki, amo vc!

Bjs no S2!!!

Cuide-se, minha querida***