segunda-feira, janeiro 29, 2007

How Deep?

E é no bate-papo com os amigos que a maioria dos questionamentos surgem...

O que mais te atrai em uma pessoa? O que realmente te chama a atenção?
Ele é loirinho, bonitinho, com carinha de bebê. Ou é moreno, atlético, com jeitão de surfista.
Ela tem corpão-violão e olhar atraente. Ou é uma Barbie, moderna e estilosa.

Claro que, num primeiro momento, todos nós nos contentamos com o que vemos, pois, à primeira vista, o cartão de visitas de todos nós está mesmo no 'look' que esboçamos, talvez na atitude que demonstramos ter, mas, e depois? Somos o quê além do palpável? O que temos a oferecer? Qual a nossa essência? O que somos verdadeiramente?

Não posso negar que certas características físicas chamam mesmo minha atenção, mas, sinceramente, pra mim é sempre o 'depois' que conta. Tudo bem, podem até me rotular de 'garota a longo prazo', mas o que me encanta nas pessoas está no pontencial, no que pode vir ' a ser', e não o que já está pronto e sacramentado bem na minha frente.

Sei que muitos se ocupam de cuidados(exagerados) com o corpo, acessórios, roupas, cabelo. Me encanto mais por quem cuida da alma, do intelecto, do senso de humor, do senso social e humanitário. Cuidar da gente é muito importante, mas é preciso cuidar dos dois lados - o de dentro e o de fora.

Nossa, o quanto é agradável conversar com alguém completamente diferente da gente e ficar ali, horas a fio, sem a mínima vontade de ver o tempo passar. Nossa, o quanto é massacrante ouvir alguém falar o quanto ele próprio é virtuoso, sobre suas viagens, qualidades, títulos, ex-namoradas ciúmentas, sem ao menos se lembrar que você também está ali, talvez quase morrendo de sede, de fome ou de tédio.

Pessoas artificiais. Pessoas superficiais.
Pessoas substanciais. Pessoas essenciais.

Sei que é bastante impróprio, mas só me ocorre agora uma expressão muito usada em inglês: How deep? (quão profundo). How deep are you? (quão profundo você é? qual a profundida do seu ser?).

Às bonitinhas, aos bonitões, meus parabéns por terem sido gentilmente agraciados por Deus e pela genética(talvez ainda com a mãozinha de um personal-trainning ou de um cirurgião), mas não sejam só mais um número de estatística. Façam a diferença, fujam da mesmice dos esteriótipos, sejam mais, saibam mais. Aliás, uma coisa que aprendi cedo foi o quanto as embalagens estão sujeitas à ação do tempo, o quanto são dispensáveis e facilmente descartadas na tentativa de se alcançar o produto a que elas protegem.

:p

2 comentários:

Anônimo disse...

Uh-huuuuuuuuuu...

Amei, amiga!!
E nem preciso dizer que concordo, né?
Mil beijos...

Anônimo disse...

Uh-huuuuuuuuuu...

Amei, amiga!!
E nem preciso dizer que concordo, né?
Mil beijos...